Os trabalhos de elaboração donovo plano safra iniciaram. A primeira reunião com o secretário de políticaagrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), NeriGeller, ocorreu ontem, em Goiás, envolvendo líderes ruralistas, produtores erepresentantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Opróximo encontro será em Mato Grosso. A data não foi confirmada.
Na sua última edição, o PlanoAgrícola e Pecuária do Governo Federal destinou R$ 86,9 bilhões para financiaro custeio e a comercialização e R$ 28,2 bilhões para os programas deinvestimentos. Além do aumento de 7,5% em relação ao crédito da safra anterior,a taxa anual de juros também foi reduzida de 6,75% para 5,5%.
Para o vice-presidente da Faeg,Bartolomeu Braz, o novo Plano Agrícola e Pecuário deve oferecer não apenascrédito, mas sim abranger outras demandas do setor como desburocratização eacesso a essas linhas de financiamento, seguro rural, maiores garantias decomercialização e sustentação de preços, linhas destinadas para investimento emlogística, infraestrutura e armazenamento, entre outras demandas.
No encontro de ontem, a defasagemdos preços mínimos foi uma demanda muito enfatizada por Bartolomeu. Para ele,os preços mínimos estão muito abaixo dos custos de produção em setores comocereais, fibras e oleaginosas. “Esses preços mínimos precisam ser atualizadosanualmente”, enfatizou. O vice-presidente reforçou ainda que atender a essasdemandas é um requisito básico para o crescimento do setor. "A agriculturatem se desenvolvido muito em nosso Estado nos últimos anos, mas a duros custos,carecemos de estradas, armazéns, seguro, garantias de preços e de escoamento danossa produção. Precisamos resolver esses gargalos. Precisamos de políticaspúblicas mais eficientes”, disse.
Geller disse que o Plano Agrícolae Pecuário deve estar bem articulado com os interesses e necessidades do setor,por isso essas reuniões com os produtores. “Queremos fazer este ano um Planoque seja diferenciado, articulado com as necessidades da classe produtorabrasileira”, destacou.
Fonte: Só Notícias com assessoria (foto: SóNotícias/arquivo)