Embora tenham fechado o primeirobimestre do ano com uma queda de quase 5% em relação ao mesmo bimestre de 2012e apresentem no acumulado dos últimos 12 meses redução de cerca de 1,5% sobreidêntico período anterior, as exportações brasileiras de carne de frango tendema apresentar alguma recuperação nos próximos meses. E não só porque osresultados do período inicial do ano são habitualmente fracos.
Mesmo não havendo nada deconcreto até aqui, há fatos novos no mercado internacional. Por exemplo, omesmo “aperto” econômico que atingiu a avicultura brasileira, afetou também oresto do mundo. E a consequência mais visível é a redução da capacidade deprodução devido ao menor alojamento de reprodutoras. Assim, ainda que o caixabaixo não possibilite sair amplamente às compras, a procura tende a apresentaraumento, enquanto a oferta dos exportadores (Brasil e EUA entre eles) devepermanecer restrita.
Mas não só. O chamado “escândaloda carne de cavalo” europeu – que, aparentemente, já chegou a outroscontinentes – deve, ao menos temporariamente, afetar o consumo de alimentos quetêm por base carnes vermelhas. E a opção, claro, é a carne branca do frango.
Nesse cenário, é alvissareira aconstatação de que o preço médio alcançado pela carne de frango in natura emfevereiro passado ficou apenas um décimo abaixo do recorde histórico do setor,registrado em dezembro de 2012. Ou seja: naquele mês o preço médio do frango innatura exportado ficou em US$2.068,88/t. No último fevereiro registrou a marcade US$2.067,05/t, ou seja, apenas US$1,83 a menos.
Em outras palavras, o recordedeve ser rompido no curto prazo. E já não é sem tempo, pois têm sido poucas asvezes em que o preço médio alcançou valor superior a US$2.000,00. Aliás, feitauma retrospectiva, constata-se que a primeira vez em que isso ocorreu foi quasecinco anos atrás, em agosto de 2008, ocasião em que o preço médio atingido foimuito similar ao atual. Quer dizer: a única diferença está no câmbio. Lá, umdólar valia R$1,60; em fevereiro passado alcançou R$1,98 na média.
Fonte: Anvisite