Há cerca de dois anos, os irmãos Renato, Alberto e Thomas Lengert decidiramreestruturar sua atividade de bovinocultura de leite e adotaram um conjunto demedidas infraestruturas e de manejo visando, principalmente, o bem-estaranimal. As adaptações resultaram em uma atividade mais rentável e sustentável, etornaram a propriedade, localizada na Linha Presidente Becker, interior deItapiranga, também referência em convivência humanizada com os animais.
Foi esta realidade que motivou dezenas de produtores da região aparticipar, no dia 28 de fevereiro, de uma tarde de campo promovida pela CooperA1. Na oportunidade, os associados da cooperativa puderam acompanhar, in loco, osinvestimentos feitos pela família para transformar os ambientes em que os animasdescansam e se alimentam mais confortáveis, o que vem contribuindo para o aumentoprodutivo do rebanho leiteiro.
“Percebíamos as vacas sofrendo com o calor nos dias quentes até que, depois departicipar de dias de campo e atividades técnicas, entendemos que, sequiséssemos ter uma atividade realmente bem estruturada, tínhamos que priorizar o bem-estare sanidade animal,” comenta o produtor Renato Lengert, responsável pelogerenciamento da atividade na propriedade.
Para driblar o problema das altas temperaturas do verão de Itapirangae região, uma das primeiras providências foi sombrear a área de um hectare emeio destinado ao pastejo. Árvores foram plantadas nos 14 piquetes, o que possibilitouàs cerca de 40 vacas em lactação, uma alimentação e um descanso matutino commenos estresse calórico. No galpão de alimentação, o projeto de melhoriasincluiu a instalação de ventiladores e um sistema de aspersão de água, onde osanimais possuem agora conforto térmico para a alimentação da silagem e da ração.
As medidas infraestruturas, aliadas a técnicas de manejo, alimentos dequalidade, e do gerenciamento apropriado da propriedade, estão trazendoresultados positivos, sentidos no aumento da produtividade, qualidade do leitee fertilidade das vacas. Em dois anos, a produção evoluiu 500 litros de leitepor vaca e o intervalo entre os partos passou de 460 para 400 dias, umadiminuição de dois meses. Para o produtor Renato Lengert, os resultados mostramque, quando os animais são tratados com respeito, eles retribuem à altura. “Oser humano gosta de conforto, de ter um ambiente agradável, e os animais tambémprecisam disto, mas ele não vai te falar, é preciso ter sensibilidade para entender.É fundamental que tenhamos consciência sobre isso, pois, além ser uma questãoética, o animal responde em produtividade, promovendo qualidade de vida atodos.”
Disseminando conhecimento no campo
Além de gerenciamento e bem estar-animal, ministrada pela médicaveterinária da Cooper A1 Graziela Hoff, a tarde de campo envolveu ainda outrasduas estações: Micotoxinas e Dieta de vacas leiteiras, ministrada porprofissionais da Nutrifarma, e Dieta de vacas leiteiras e produção de grãos,conduzida pelo engenheiro agrônomo da Cooper A1, Celiomar Crestani.
O técnico agrícola da unidade de Itapiranga, Edson Luis Heberle,destacou que o dia de campo na propriedade da família Lengert, buscou mostraruma experiência que deu certo, e que através de técnicas básicas einvestimentos com baixo custo, é possível tornar a atividade leiteira menospenosa, mais humanizada e com resultados efetivos. A gerente da unidade deItapiranga, Elisiane Bomm Tavares acrescentou: “Nosso objetivo é sempre levaraos produtores, experiências positivas, exemplos de ações e práticas que podemser adaptadas de acordo com a realidade de cada propriedade, levando sempre emconsideração a qualidade de vida da família.”
O gerente da atividade de bovinocultura de leite, Egon Grings,destacou os esforços da Cooper A1 em deixar os associados em contato permanentecom informações atualizadas e as novas tecnologias. “O mercado consumidor estácada vez mais rigoroso, exigindo produtos com melhor qualidade, com rendimentona industrialização e maior prazo de validade. Neste sentindo, a cooperativa secoloca ao lado do associado, disponibilizando atividades informativas eprofissionalizantes que contribuem para a sustentabilidade econômica de suapropriedade.” Segundo Grings, os produtores estão interessados em investir naatividade e em buscar conhecimento, o que está contribuindo para o aumento daqualidade da cadeia produtiva de leite da cooperativa nos últimos anos.
Fala, associado
Para o associado Rogério Haas, de Itapiranga,a tarde de campo foi importante para compartilhar experiências dequalidade de vida, instalações e manejo. “Levo da tarde de campo, informaçõesúteis que poderei aplicar na minha propriedade, visando o bem-estar dos animaise da minha família.”
Já Ari Lenz, de Itapiranga, produtor de leite e suinocultor associado àCooper A1, disse que o evento foi uma oportunidade para a difusão detecnologias adaptáveis a realidade da região. “Adquirimos informações valiosas,ações básicas, mas eficientes e que podem ser facilmente colocadas em práticaem nossa propriedade,” disse.
