A participação econômica dos associados nos resultados é um dos princípiosbásicos do cooperativismo. É por isso que todos os meses, associados na faixados 60 anos de idade, passam nas unidades da Cooper A1 em seus municípios pararetirar uma remuneração que é sua de direito: a cota capital. Em março, 31sócios de municípios da área de atuação da cooperativa efetuaram suarestituição. Ao todo foram repassados cerca de R$ 150 mil reais.
A proposta do pagamento do capital para o quadro social é definidacomo uma medida de responsabilidade e de valorização dos associados, que são osdonos do negócio, acreditam na força do cooperativismo e participam ativamente dasatividades econômicas da cooperativa.
Para o presidente da Cooper A1, engenheiro agrônomo Elio Casarin,trata-se do cooperativismo em sua essência. “O associado constrói seupatrimônio dentro da cooperativa, usufrui de seus benefícios e, após anos detrabalho e parceria, recebe esse reembolso, uma renda extra,” salienta Casarin.Conforme o presidente, a cooperativa pode propor a devolução, que é aprovada emAssembleia Geral, porque está muito bem capitalizada.
A retirada de 60% da cota é possível aos associados que completarem 60anos de idade (55 anos mulher), tão logo completem 10 anos de permanência nacooperativa. Já os associados que completam 65 anos de idade (60 anos mulher) podemretirar 100% da cota capital. A partir dos 69 anos de idade (64 mulher) o sóciotem a possibilidade de retirar novamente sua cota capital, e partir de então acada dois anos de atuação na cooperativa, proporcionalmente ao período.
Parceria de longa data - SeuEhrenfied Koehler, da Linha Três Pinheiros, é sócio desde 1976 e retirou 100%de sua cota capital na cooperativa. Paraele, esta é mais uma vantagem da sociedade, e uma gratificação pelos anos detrabalho em parceria de compra e venda na cooperativa: “A cota capital vemcoroar os anos de confiança mútua”.
Aposentadoria extra - Quemtambém esteve na Cooper A1 para pegar mais uma parte de sua restituição foi otambém associado de Palmitos Arlindo Vacarin, da Linha Pavão, que completou 69anos em março. Seu Arlindo fala que o retorno também é uma espécie deaposentadoria: “São anos de parceria, comprando e vendendo na Cooper A1 e hoje,vemos mais uma vantagem que é poder retirar este investimento.”
Investimento integralizado- Nelson Mariga, associado há 28 anos, passou na unidade da Cooper A1 dePalmitos para retirar sua restituição, que considera uma preocupação da cooperativacom os sócios mais antigos e um investimento integralizado: “Sempre trabalhamoscom a Cooper A1, pois, além da assistência técnica, dos treinamentos e todas asações que contribuem com o desenvolvimento de nossas atividades, recebemos este recurso que podemos chamar de poupança.”
Dinheiro bem vindo - Aoretirar 100% de sua cota, na última quinta-feira, dia 21, seu MercilioBortolaza, da Linha Santa Lucia, Palmitos recorda porque se associou nacooperativa na década de 80: “O pequeno agricultor era muito explorado, e acooperativa se tornou nossa casa, com a comercialização de nossa produção apreços justos.” Seu Mercílio, que é ex-conselheiro fiscal e ex-líder da CooperA1, comenta que a cota capital também é uma valorização dos sócios e vem em ummomento importante da vida do associado. “Vejo a cota capital como umagratificação de anos de trabalho, um dinheiro que a gente muitas vezes nãoespera, mas é muito bem vindo.”
Donos do negócio - Oassociado José Inácio Battistel, fala sobre a importância de ter a cooperativacomo aliada nos negócios, destacando que a cota capital é uma compensação financeiraao associado que acredita e confia no trabalho da A1: “Retiramos um recurso expressivo,que somente foi possível porque sempre compramos e vendemos nossa produção nacooperativa. Por outro lado, se tivéssemos negociado fora da A1, não teríamosessa poupança. Isso só faz afirmar que na cooperativa somos donos do negócio, fazemosparte desta grande casa e participamos dos resultados,” ressaltou Battistel.