O intensivo trabalho da Cooper A1 de reestruturação e qualificação dacadeia produtiva de suínos através do programa Suinocultura A1 do Futuro, está trazendo resultados positivos. Motivadospelos esforços da cooperativa em elevar o padrão de qualidade da suinocultura,um grupo de aproximadamente 20 famílias associadas decidiu aprimorar seusconhecimentos e conhecer um pouco mais sobre realidade do mercado, que exigeprodutores cada vez melhor preparados. As famílias, que fazem parte dos gruposCite de Itapiranga e São João do Oeste, visitaram, no dia 25 de abril, ofrigorífico da Aurora (Fach 1) em Chapecó, e a propriedade do associado OdairJosé Picoli, de Caibi, que trabalha em sistema de produção com lotes segregadoscom exportação à China.
Visita a Aurora – No Fach 1Aurora, um dos complexos da Aurora Alimentos, os produtores acompanharam deperto as etapas do processo industrial da matéria-prima que é produzida em suaspropriedades. Segundo o técnico em agropecuária da Cooper A1 em São João doOeste, Ivan Luis Schoeninger, o que chamou dos associados, foi a altatecnologia e as medidas adotadas para alcançar as exigências do mercado internoe externo “Os produtores acompanharam in loco o processo de industrialização e entenderamque são o elo básico e fundamental na cadeia produtiva, por isso da importância de garantir o fornecimento dematéria-prima dentro dos padrões de qualidade, permitindo a otimização doaproveitamento industrial,”
Granja padrão – O atualgrande desafio da Cooper A1 na atividade de suinocultura é contribuir com osassociados integrados, a implantar os padrões do processo de crescimento eterminação e produzir suínos padronizados, e que se encaixem nas exigências dosmercados interno e externo. Em Caibi, os grupos Cite conheceram a propriedadedo associado Odair José Picoli, que atualmente, com um plantel de mil animais, trabalhaem sistema de produção de terminação em lotes segregados, com produção especialpara a China.
Para atender aquele mercado, a propriedade passoupor um processo de readequação, com investimentos infra estruturais, como ainstalação do sistema automatizado multitrato de alimentação para suínos, quepermite a dosagem precisa que o animal recebe, possibilitando atender asnecessidades de uma produção controlada. A propriedade atende ainda 52 itens decontrole, exigidos pelo mercado chinês, e que incluem processos, descritos,manuais, procedimentos e registros auditáveis.
Adaptar ao mercado - “Asuinocultura é um setor que necessita de profissionalização e atualizaçãoconstante, e os produtores integrados estão interessados em ajustar suaspropriedades a atual realidade do mercado de carnes, o que mostra sua maiorconsciência de que o controle total do processo de produção é o caminho parapermanecer na atividade,” diz o técnico em agropecuária da Cooper A1, RuiRadtke. O gerente da unidade da Cooper A1 de Caibi, Moacir Titon, comentou que,a exemplo da China, existem importantes mercados em potencial para exportaçãode carne suína, mas só permanecerá na cadeia produtiva aqueles produtores quese adequarem aos procedimentos operacionais. “O mercado externo, que possuigrande demanda de carne suína, está de olho no Brasil, e isso requer que, em umfuturo próximo, todos os produtores tomem medidas para o cumprimento dosprocedimentos padrões estabelecidos.”
Fala associado – Oassociado Laerte Mosch, da Linha Maria Goretti, Itapiranga, comentou sobre aimportância da visitação: “Nos especializamos em produzir, mas não podemosesquecer que existe um mercado além de nossa propriedade. Esse intercâmbio foifundamental justamente para conhecermos a industrialização, falarmos de mercadointerno e externo e conhecermos outras realidades além da nossa. Acredito quetodo o grupo criou mais consciência de que estamos incluídos em um ciclo deprodução que exige eficiência de todos. Além disso, a visita ao frigorifico nospassou ainda mais segurança, pois, vimos como a Coopercentral Aurora é umaorganização sólida, com volume no mercado, o que faz com que a gente se sinta naobrigação de produzir cada dia melhor.”
Luiz Krin, de Macuco São João do Oeste, também falou sobre a busca denovos conhecimentos: "Todo associado que deseja continuar na atividade, deveriabuscar conhecimento, pois, o mercado está cada dia mais exigente e precisamosnos aperfeiçoar. Por isso, é importante participar dos dias de campo,palestras, dia de estudos, e aproveitar a orientações dos técnicos que a CooperA1 nos coloca à disposição, pois, somente assimilando estas informações épossível continuar na atividade com sucesso."
SuinoculturaA1 do Futuro
Ainda em 2012, a cooperativa iniciou um importanteprojeto de reestruturação do sistema produtivo desuínos, o Suinocultura A1 do Futuro,elaborado em parceria com a Agroceres PIC. Trata-se de um projeto inovador, complano de trabalho até 2016, e que inclui uma série de ações e investimentos emgenética de ponta, capacitação técnica da equipe e melhorias nas estruturasfísicas das Unidades Produtores de Leitão (UPL’s), creches, além da capacitaçãoe treinamentos aos produtores integrados.
Atualmente a cooperativa entrega uma cota mensal deaproximadamente 55 mil animais para abate, a maior parte à Coopercentral AuroraAlimentos. A estrutura da atividade é composta por 139UPLs - Unidade de Produção de Leitões; 33 creches e aproximadamente 540unidades de terminação. Existem, ainda, aproximadamente 25 produtores que fazemo sistema de ciclo completo, onde estão mais de 625 matrizes.