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Armazenamento: cooperativas buscam autossuficiência (MB Comunicação)

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SantaCatarina produz 6,5 milhões de toneladas de grãos por ano, incluídas as safrasde milho, soja, arroz, trigo e feijão. A capacidade estática total dearmazenagem é de 4,2 milhões de toneladas, o que significa que 30% da produçãonão tem estocagem.Cooperativas agropecuárias e governo estadual irão, a partirdeste mês, desenvolver um intensivo programa para reduzir em 50% esse déficitde 2,3 milhões de toneladas no prazo de um ano.

Essameta foi estabelecida pela Organização das Cooperativas de SC (Ocesc). Ascooperativas tomarão financiamento ancorado em linha especial de crédito dogoverno federal, criada especialmente para construção de armazéns, com asseguintes facilidades:  15 anos de prazo,três anos de carência, 3,5% de juros ao ano e sem limite de financiamento.

Ogoverno do Estado, através do recém-criado programa “Armazenar”,  suportará 50% dos juros anuais até o limitede projetos que atinjam a um milhão de toneladas, o que equivalerá a 500milhões de reais em investimentos em cerca de uma centena de projetos. Os jurosequivalerão a 166 milhões de reais e, desse volume, o governo catarinensepagará 83 milhões de reais.

Osrecursos federais serão liberados pelo BNDES e operados pelo Banco do Brasil eBRDE.  Os armazéns poderão serconstruídos em concreto armado ou aço e estarão equipados com balança,pré-limpeza, secadores, climatizadores e sistema de carga e descarga.

Opresidente da Ocesc, Marcos Antônio Zordan, destacou que o programa “Armazenar”atende a reivindicação do setor cooperativista para reduzir o déficit dearmazenagem do Estado. Observou que a Organização das Nações Unidas paraAlimentação (FAO) indica como ideal uma cobertura de 120%, ou seja, deveriaexistir capacidade de armazenagem 20% superior a produção total.

ESTÍMULO

Zordantambém elogiou o programa “Milho10T” destinado a aumentar a produtividade médiapara 10 toneladas de milho por hectare cultivado, idealizado pelo secretárioadjunto da Agricultura, Airton Spies. Esse programa assegurará aautossuficiência de milho. Santa Catarina importa, anualmente, 2,3 milhões detoneladas de milho do Brasil central, suportando elevados custos de transporte.

OEstado cultiva 600.000 hectares com milho, mas, desses, 100 mil destinam-se asilagem, portanto, não saem da propriedade e são utilizados na nutrição animal.Os 500.000 hectares restantes podem – se o programa Milho 10T for exitoso –gerar cinco milhões de toneladas, portanto, solucionando a insuficiência dessegrão para consumo catarinense.

Outrainiciativa para a eliminação do déficit de milho via aumento da produtividade éa utilização de sementes de alta tecnologia, Metade das 220.000 sacas desementes que a Secretaria da Agricultura disponibilizou pelo programa TROCA-TROCAé de alta produtividade. Para o cultivo dessa semente foi distribuído calcáriocalcítico.

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